terça-feira, 1 de março de 2011

Padígma

Risco o fósforo,
Acendo o algodão branco,
contemplo a fluidez ígnea
no silêncio que se confunde
com meus pensamentos...
Escorre a lágrima branca,
e a sombra viva do pássaro
que das mãos emana, entretém a
memória viva de minha criança
Percorre o tempo, decresce a cera
em fragmento... outra sombra, brilho
intenso, relembram o sopro feliz e
a canção amistosa de meu crescimento
A forma derretida denuncia, como que
a criança exaurida fecha os olhos,
a chama vencida se apaga em silêncio.

Frederico Almada

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